quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CurtÀs de mãe


Mãe e Billy - tudo certo já!


Fomos almoçar com duas primas do RJ no Mangai. Já com meu pratinho de buchada light, observo.
- Mãe, olha quem tá naquela mesa ali! Mãe olha e não esboça nenhuma reação.
- É aquele cantor americano, Billy Paul. Digo, meio perplexa.
- Ié, Zalma! Tu tem certeza? Vamos perguntar a garçonete?
-É mãe. Eu conheço. Tenho CD dele.
- Eita...Ah, Zalma, eu quero ir lá tirar uma foto com ele. Vamo!
- Ah, mãe, vou não. Tenho medo dessas coisas. Esse povo normalmente é chato. Vai com Claudete (disse pra ela ir com a prima do meu pai, uma sra. respeitável que tem a idade de mãe)? Agora ele não fala português não, visse?!
- Tem nada não. Chego lá e digo que quero tirar uma foto com ele. Ele vai entender.
-Aí Claudete, com aquele sotaque carioca diz: Vamo Marrrlene, eu tô com a máquina aqui!
Pra minha surpresa (nem tanta), mãe logo se levanta e Claudete vai atrás com a máquina. Mãe vai meio que arrodeando as mesas e já notei o rabo de olho de Billy, que almoçava junto a seus produtores, percebendo o assédio. De repente já vejo mãe pendurada no pescoço de Billy Paul, falando Deus sabe o quê. E eu só esperando o fora que ela ia levar. Percebo então que um dos produtores começa a falar com as duas enquanto Billy fica com cara de paisagem. Em seguida, voltam as duas.
- E aí? perguntamos eu e Maria, que aguardávamos o resultado da investida.
- O rapaz disse pra gente esperar ele terminar de almoçar, que depois ele viria aqui.
- Mulher! eu disse. Tu tá vendo que esse homem não vem aqui. Vocês é que devem ficar “pastorando” ele terminar...Agora mãe, me diz uma coisa, o que foi que tu falasse ali no pé do ouvido dele?
- Disse que era fã dele e que queria tirar uma foto com ele. Mentira! Nunca ouvi falar dele e não conheço uma música”! Só fui lá porque ele é famoso.
hahahahahahahahahahahahahahahahaha...Bichinha cara de pau!
Então, pra minha, nossa e vossa surpresa, quando Billy terminou de almoçar, veio direto pra nossa mesa tirar foto. Aí, ainda incrédulas com o fato, levantamos, e uma a uma, fomos tirar foto com Billy. Tudo sem ninguém dar uma palavra. A gente só sorria e então eu soltei um thank you tímido. O produtor veio também e tirou fotos nossas com o célebre interprete de “Your song”.
Quando ele voltou pra mesa e nós nos sentamos, Claudete olha pra mim e pergunta:
- Como é mesmo o nome dele...Pitt Bull?????

Maravilha!!!

sábado, 18 de setembro de 2010

Mãe: a exterminadora!


http://billvaz.wordpress.com/2010/05/25/pernilongo-ou-muricoca/


Tô eu aqui, no computador, respondendo os e-mails. Eu na cadeira, Sivuca (meu notebook) sobre a mesa e as muriçocas embaixo, fazendo a festa. Páro. Fico à espreita pra pegar a infeliz. Mas as muriçocas daqui são ninjas. Elas tem olhos que vêem quando vc tá vigiando a hora dela pousar pra que vc possa assassiná-la numa mãozada certeira. Se vc pára pra vigiar, ela fica ali, rondando, e não pára de jeito nenhum. Quando vc vira as costas, a miserável chega e pica. É que nem leite quando vc "pastora" pra não derramar. Piscou o olho, o leite derrama.
Efim, tô eu lá, reclamando e então mãe toma as dores. Vai pra "despensa" (pois é, temos uma despensa) pega o Detefon (rodox, SBP, sei lá o quê...) e vem direto pra debaixo da mesa. Lasca o spray embaixo, pegando minhas pernas, tudo. Sobe o cheiro. Então, digo: mãe, esse negócio não faz mal não se eu ficar aqui respirando? E ainda, mulher, tu danasse nas minhas pernas.
Aí ela disse:
Oxe, em Campina, Mira (a irmã) quando a gente vai dormir, sai botando nos quartos, nas pernas da gente e a gente dorme...
- Ah, mulher, então vcs usam Detefon como quem usa repelente: passando no corpo todo, né?!
Pense numas irmãs práticas e corajosas.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010



Ouvi pessoas de carne e osso e críticas em revistas falando bem do filme "A Origem", o que deu origem a minha vontade de assistir o filme.
Chamei Gu, Wall e Fabiana, esta última (agora vejo como foi sábia) disse que aquele tipo de filme num rolava pra ela não. Então meu companheiro (ou a vítima) de filme foi Gu.
Com 5 minutos de filme, Gu olha pra mim e diz: PQP, que filme é esse que tu dissesse que era bom??? Me indagou mais de uma vez e eu, sem saber muito o que argumentar disse: o filme é bom, agora não dá pra entender nada contigo falando o tempo todo (glup!)
Sinceramente, até que me acho uma pessoa esclarecida, esforçada e com um QI razoável. Mas, sai daquele filme me achando o ser mais incapaz do universo. Se alguém chegar pra mim e me pedir pra contar o filme eu vou dizer: prefiro que vc assista e depois me conte o que entendeu. Pq teve uma hora que Gu disse: tô com vontade de me levantar e perguntar: alguém aí ta entendendo alguma coisa? Se tiver, dou 10 reais pra me contar.
O negócio era mais ou menos assim: DiCaprio era um espião, detetive, mocinho, bandido (não consegui detectar se ele era do bem ou do mal...mas, já que era DiCaprio, só podia ser do bem) que entrava nos sonhos dos outros para roubar segredos. Não sei que segredos eram e nem pra que serviam. O povo era colocado pra dormir e então entrava no sonho um do outro. Assim, DiCaprio ia entrando, pintando e bordando no subconsciente dos outros. E tinha feito treinamento pra isso. E aí era comum a pergunta que fazíamos: agora ele ta sonhando ou é realidade. E eu ali, perguntando as coisas a Gu, mas achava ótimo quando ele não sabia responder (ele nunca sabia mesmo) pq dividia minha incapacidade com ele. Teve um momento que eu pensei que tava começando a entender e então veio a história de um sonho entrar no outro, até formar 3 camadas de sonho. Aí virou pesadelo geral. Pra gente não perder o ingresso, transformamos qualquer filme ruim em comédia. Não que este seja um filme ruim, afinal a crítica teceu comentários elogiosos. O filme deve ser bom, mas com uma espécie de "closed caption" redigida por um psicólogo em intervalos de 10 em 10 segundos. A parte melhor do filme foi quando, eu, procurando o que fazer, notei que a cadeira do meu lado não tinha braço e fui me certificar passando a mão. Aí olhei mais adiante e desconfiei que a outra, vizinha a sem braço, também não tinha braço (Freud explica minha ocupação), então passei a mão mais adiante e acabei pegando numa coisa fofinha com um bico preto que, assim que pus a mão, a coisa se retraiu. Hahahahahahahahahahahaha. Peguei no tênis (eu disse tênis) do menino da fileira de trás que o pôs sobre a poltrona. Fiquei morta de vergonha e encolhi (é possível) na cadeira. Morrendo de rir baixinho, fui no ouvido de Gu e disse o que tinha acontecido. Ele riu e completou: isso não foi nada! Tu não sabe o que aconteceu comigo. Então, ele confessou que assim que se acomodou, antes de eu chegar com a pipoca, as luzes já estavam apagadas e quando ele foi sentar, tentou baixar o braço da cadeira, puxando-o pra baixo. E eis que o braço da cadeira reagiu e se recolheu pra trás. Ou seja, ele conseguiu fazer pior. Eu, pelo menos, só peguei. Ele, puxou o pé do menino pra baixo. E então entrando no clima de todos aqueles devaneios descobrimos que os braços na verdade eram pés. Ah, agora me vem uma definição. Como diria minha mãe, é um filme sem pé nem cabeça. Mas assistam, porque a crítica adorou e até aconselhou: assista mais de uma vez para poder entender. Quem quer ir comigo?