segunda-feira, 16 de maio de 2011

AGORA SEI QUEM INSPIROU VOLVERINE

A musa inspiradora habita a UFPB e faz mestrado no Prodema

domingo, 15 de maio de 2011

MÃE: A FILHA DA FILHA!

Bem, antes de começar a contar essa história, gostaria de evidenciar que mãe não é muito chegada a um telefone. Quem me conhece sabe que, quando liga pra mim e ela atende, se nota na criatura uma certa agonia em logo passar o telefone pra mim, sem dar muita conversa a quem tá do outro lado da linha. Parece que o telefone queima ou pesa demais na mão dela. Enfim...

Alguns meses atrás, ela ligou pra Rosilma, sua filha número 3. Do outro lado da linha nem Rosilma nem Steba, meu cunhado, atendiam; quem atendeu foi a menina que faz faxina lá. Então, dá-se o diálogo:

- Zilma? (fala mãe já naquela pressa do telefone queimando ou pesando, sem se dar o trabalho de perguntar quem está falando)

- Aqui é Júlia, a faxineira...

- Rosilma tá aí?

- Não, ela saiu...quer deixar algum recado?

Aí, tudo ao mesmo tempo na cabeça dela: Rosilma não tava, só tava a faxineira, uma tal de Júlia, deixar recado, que recado? Então tá...

- Diga a ela que foi a FILHA dela que ligou!

- Tá bom...disse Júlia.

Desligam o telefone.

Júlia, do lado de lá, pensou: E Rosilma tem uma filha? Mas logo raciocinou e, diante do timbre de voz, etc. o associou à mãe de Rosilma, e não a filha (que Rosilma nem teve ainda).

Do lado de cá, no Trezão, ouve-se a gargalhada de mãe logo após desligar o telefone. Chego junto e pergunto o que foi. E ela, morrendo de rir diz:

- Mulher, acabei de dizer a faxineira de Rosilma que eu era filha dela.

LASCOU! Só bastou isso! Quando me lembrava, começava a rir da leseira de mãe.

No mesmo dia tava eu ligando pra Rosilma:

- Fala, Vovó!

E a coitada atendeu sem entender nada.

Aí fui explicar que ela passara de irmã para avó uma vez que minha mãe era filha dela. Ora, se minha mãe é filha da minha irmã, então minha irmã é minha avó. Hahahahahahhahahahahahahahahahahaha. Aí virou vovó Gatinho (Gatinho é o apelido de Rosilma – aí já é outra história).


Ps. Essa história tb faz parte do "Baú de mãe". Histórias do blog passado que estou "re-postando".

domingo, 8 de maio de 2011

Minha Mãe se escreve com M de Marlene

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É HOJE O DIA DAS MÃES.
MAS ONTEM TAMBÉM FOI E AMANHÃ CONTINUARÁ SENDO.
PARABÉNS ÀS MÃES NOSSAS DE CADA DIA!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Relembrando o show de Ney...

Foto: Ney, no momento que vê a "severgonhice" e expulsa Seu Zé do show.



NEY MATOGROSSO, PEDRO LUIS E A PAREDE, SEU ZÉ E A TOALHA



Esta história teve início de uma maneira bem familiar.

Mãe mais tia Mira mais tia Goia me convidam para completar a mesa do Show de Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede. De imediato, aceito.

O show foi na sexta, dia 10.06 e eu tinha que aplicar prova até 10:30. Fiquei torcendo pra Ney ser impontual como a maioria é. Mas, pro meu azar, ela começou o show às 10:10 e eu só pude chegar de 11:35, quando o último aluno entregou a prova.

Debaixo de chuva, chego ofegante à mesa com Ney já cantando e se desmanchando em rebolados no palco. Ele Tava do jeito que o diabo gosta. A Parede são os músicos de Pedro Luís que, registremos, são maravilhosos. Enfim, esse “arrudeio” todinho é pra chegar na parte mais inusitada, impressionante, arrepiante, exclusiva e, diria, absurda do show. Na verdade, eu assisti a dois shows: o de Ney e Pedro e a Parede, óbvio, e o de Seu Zé (vamos assim denominar o elemento) e a toalha.

Então, voltando à cena, chego ofegante, procuro a mesa, acho, sento, e logo tia Mira que deixa a par da situação:

- Zalminha, tá vendo esse homem aí do lado? Faz um tempo que ele tá se masturbando nessa cadeira.

Hã? Como assim? Peraí. Olho em direção ao tal homem, olho ao redor, vejo um ambiente familiar, e mesmo com as luzes apagadas, era claro o suficiente para se notar qualquer movimento suspeito. À minha frente e bem do lado mesmo do sujeito, umas cinco mulheres que já estavam a par da situação, comentavam e riam.

Então, comecei a prestar atenção no sujeito, que na hora que tia Mira me mostrou, tava no intervalo dos trabalhos que já tinha iniciado.

Não deu dois minutos. Num momento em que Ney caprichou no vai-e-vem dos quadris, o cara começou a se agitar na cadeira (ele tava numa mesa sozinho) e, rapidamente, puxou a toalha de mesa para o colo. Nisso, o braço já entrou por baixo da toalha e aí ele começou o movimento, o tumulto embaixo da toalha.

Minha Nossa Senhora! Nunca, na minha vida de barata de show(e olhe que já fui pra muitos shows), tinha presenciado uma cena daquela. Era quase explícito.

O cara de pau, devia ter uns 50 anos, não tava nem aí. Parecia que, no show, só havia ele, Ney e a toalha.

Depois de se aliviar (de parte) daquela agonia, ele botava a toalha no lugar, começava a balançar o corpo na cadeira, e voltava a fumar (acendia um cigarro no outro) e beber. Teve uma hora que passou uma mulher e ele foi cumprimentar. Adivinha com que mão? Eca!!!

Ney cantou uma música mais lenta. E ele, quieto.Depois, um sambinha bem ritmado. Aí falei pra tia Mira.

- Repara. É agora que ele vai aproveitar. O ritmo do samba, o povo entretido, e ele só na cadência. Repara...

Oxe, dito e feito! De novo, a toalha é solicitada. Desce pro colo, que a mão desce pra debaixo da toalha e ele começa a tocar cuíca. Urrurru, Urruru, Urruru...Seu Zé era um percussionista de mão cheia na arte de tocar...cuíca. Acaba-se a música. Seu Zé finaliza o concerto e, ela, a indispensável, a companheira, a cúmplice, volta pra mesa, pra sua tarefa sagrada.

E eu ali, assistindo aos dois shows. Tentando não perder nenhum lance.

Daqui a pouco, passa uma mulher em frente a ele. Ele diz alguma coisa a ela que o ignora. Assim que ela passa de volta, aparecem dois seguranças e começam a olhar Seu Zé. Claro, a mulher o denunciou aos seguranças. Um deles foi até ele e lhe disse alguma coisa. Ele se levantou e acompanhou o segurança. Minutos depois, volta. Olha meio desconfiado ao redor, como se dissesse: quem foi a f...da p...que me denunciou?!

O segurança montou praça numa cadeira ao lado de tia mira (aí já notei um certo clima entre o negão e tia mira) que foi logo passando o serviço:

- Já é a terceira vez que ele faz isso, diz minha tia.

De botuca, o show que o segurança assistiu foi Seu Zé e a toalha.

Mas, depois da denúncia, pensamos, ele né doido de fazer de novo. E aí, instaura-se o clima de tensão. Ele vai ou não “torar uma sola” de novo e ser pego em flagrante. E aí, imagino como seria o termo que o segurança usaria para dar o flagrante? Deixa pra lá.

Voltemos. O segurança de olho nele. Ele de olho em Ney, na toalha e no segurança.

Foi então que vi que Seu Zé era profissional. Mas profissional mesmo. Com muitos anos de carreira nas costas (ou nas mãos?!).

O infeliz não foi pego com a boca (mão) na botija porque era muito esperto. Acreditem, o nojento, sabendo-se vigiado, ainda ensaiou um diálogo com a toalha e o instrumento de percussão dele. Era uma agonia. Pegava a toalha, jogava no colo. E o negão, já pronto pra se levantar.

- Lascou, vai ser agora...(pensei).

Aí ele vinha e começava a esfregar a toalha no colo, nas pernas, como se tivesse se enxugando. O negão relaxava. Daí a pouco ele vinha com a mão esquerda (o negão tava à direita dele) e jogava a mão por baixo. Quando o negão começava a desconfiar do movimento, o prisiaca, jogava a mão pra cima e começava a dançar, como quem dissesse:

- Eu não tenho nada nessa mão...e nem nessa!!! Nem me pega, nem me pega!! Como se zombando do negão.

Foi então que o garçom veio, serviu ele com outra cerveja e, não sei se a mando dos seguranças, retirou a toalha que estava jogada na mesa. Pronto! Acabou-se o show pra ele. E pra nós acabou o show dele, de Seu Zé.

Então, um pouco antes do show acabar, ele sai da mesa. Não sei se foi pro banheiro porque não agüentou a pressão, ou foi mais pra frente do palco, pro meio da galera pra tentar de outras formas. Não sei pra que ele comprou mesa. Com uma cadeira e uma toalhinha de mesa ele faz a festa.

Só sei que seu Zé arrepiou e fez o nome. No show que se chamava “Vagabundo”, Seu Zé foi mais além.

Sim, ela não confirmou, mas acho que tia mira se arranjou com o segurança e trocaram até telefones no final. Bonito vai ser contar como a história de amor deles começou.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jogo dos 7 (ou mais) erros


GOSTARIA DE PEDIR A QUEM ACESSA O BLOG QUE FIZESSE O COMENTÁRIO DAS FOTOS. PROMETI À MÃE QUE IRIA MOSTRA A OPINIÃO DAS PESSOAS SOBRE AS FOTOS.
DEPOIS VCS VÃO ENTENDER O PORQUÊ.

domingo, 10 de abril de 2011

GAFANHOTINHO DAS COSTA OCA


Eu tirei e deixei essa foto no meu desktop pra lembrar de contar essa história, que aconteceu no Fenart do ano passado.

Mãe é fã de Antônio Nóbrega (e quem não é?) e então fomos assistir ao show. Antes de começar o show, ela ficou com Diana andando pelo Espaço Cultural e eu fui ver as livrarias com Nicola.

Quando o show é anunciado, a gente se encontra na livraria e ela então dá a Nicola, de presente, um gafanhoto feito de palha de coqueiro. Chegou e foi botando logo o gafanhoto na cara dele.

- Ôpa! É pra mim? Pergunta Nicola.

E ela, só balançou a cabeça afirmando.

- Obrigada, Marrrrlene! Olha como è bem feito, completa ele.

Achei a coisa mais linda do mundo: o gesto e o gafanhoto.

Só não imaginei o que ela – e o gafanhoto – tinham passado pra poder chegar ali, quase inteiro pra Nicola.

Vendo o gafanhoto, perguntei:

- Mãe, onde tu achou isso?

- É um homem que tá vendendo ali. Mas, mulher, eu nao sei como esse gafanhoto escapou.

Aí ela começou a rir e continuou…

- Eu com cuidado na bolsa de um lado e segurando o gafanhoto do outro. O bicho é cheio de palito pra todo lado. Quando passava pelo povo, os palito enganchava. Essa asa caiu umas três vezes, e eu no meio do povo catando a asa do gafanhoto. Olha como ele é sem jeito de pegar (ela toma o gafanhoto da mão de Nicola e me mostra), e eu não achava canto na mão. Começou a me incomodar e eu dizendo a Diana que tinha me arrependido de ter comprado esse bicho e ter que ficar tomando conta dele até encontrar Nicola. Teve uma hora que eu quase jogava ele no lixo. Mas fiquei com pena. Ai eu disse a Diana: mulher, vamo encontrar um lugar pra sentar e eu botar esse gafanhoto - que não cabia na bolsa e em lugar nenhum. Aí a gente sentou numa lanchonete, e eu botei ele na mesa, e ele quase não ficava mais em pé com as perna já bamba. Ave maria! Pelo menos descansei a mão. Era a gente conversando e o gafanhoto olhando pra gente…hahahahahaha

Diante de toda essa dificuldade, eu perguntei pra ela: Mãe, porque tu não comprou isso no final do show, pra não ter que ter passado por todo esse sacrifício.

E ela: Pois é, Diana me disse isso, mas eu tive medo do homem ir embora… aí comprei logo pra garantir.

Essa é mãe.

Ps. Vejam na foto a cara de mãe posando com o gafanhoto, meio que pensando: “pia o presepe que me deu tanto trabalho!”

domingo, 20 de março de 2011

Serviço de utilidade pública



Se me permitem, vou utilizar Penada para um serviço de utilidade pública.
De duas pessoas públicas: eu e Nicola.



Nicola, o rapaz que eu namoro, tá vendendo um terreno na Praia de Tabatinga. Ele já tem este terreno há dois anos. Mas, por estar precisando de capital para um novo projeto, ele está vendendo (com muita pena) este terreno.


Ps. Clique na imagem para ampliá-la




INFORMAÇÕES:

Na praia de Tabatinga - Paraíba

no litoral sul, a somente 20 km de João Pessoa.


um terreno com vista para o mar, à venda a um preço especial: 35.000 Reais


Quadra U10 - Lote 25

Dimensões: 15 x 30 mt

(450 m2 - dimensão padrão dos terrenos em Tabatinga)

com possibilidade de comprar outro terreno ao lado



Vantagens:


- Área em excelente crescimento patrimonial;

- Vista para o mar permanente, pois os terrenos a frente ficam abaixo, em leve declive;

- Área de preservação ambiental com limite de construção de 2 andares;

- A praia dista 5 minutos a pé;

- Água limpa e morna 365 dias por ano;

- Área de preservação ambiental;

- 20 km de João Pessoa = 20 minutos de carro pela PB008 (via asfaltada);

- 3,5 km de Tambaba, a famosa praia naturista;

- 1 km de Jacumã: praia com supermercados, restaurantes, farmácias, postos de gasolina, etc.;

- Vizinha a outras belas praias como Carapibus, Coquerinho, Praia Bela.




Interessados nos contatem pelo e-mail: rosa_almadiniz@yahoo.com.br



ATENÇÃO! PROPOSTAS ENCERRADAS: TERRENO VENDIDO!!!


domingo, 6 de março de 2011

Essa não tem a mínima graça!


Paraíba masculina mulher-mole, sim Sr.


Eu sou do tempo em que quando se via um congestionamento em JP ou trânsito emperrado, filas de carros, mesmo que pequenas, se pensava logo: ou foi acidente, ou algum carro quebrou, ou tão consertando o sinal. Enfim, tinha que ter um motivo. Hoje, quando vivo cenas semelhantes e o carro vai andando devagar e sempre e se esgueirando pela porta pra ver o ocorrido, e então quando passa do sufoco e vê que não houve nenhum contratempo, vem um misto de alívio e tristeza: alívio porque não houve nenhuma tragédia que motivasse aquela situação, e tristeza por ver que não houve nada extraordinário. É simplesmente o trânsito de JP que não é mais o mesmo, afinal é carro demais pra ruas de menos. É o crescimento da cidade e melhor poder aquisitivo da população que é bom, mas tem seu preço.
Eu sou do tempo em que se jogava bola, baleado (é a nova!), brincava-se de se esconder e as mães ficavam até altas horas da noite nas calçadas conversando com as vizinhas, sem a menor preocupação ou sobressalto ao passar de um carro mais devagar, bicicleta, moto ou transeunte. Eita época boa!
Irônico é pensar que "baleado" hoje lembra bala perdida ou achada mesmo. Ato ou efeito de "Atingir ou ferir com bala." E que brincar de "se esconder" ou esconde-esconde hoje não seria mais um gesto voluntário de meninos que procuram o quintal vizinho ou ficar agachado atrás de um muro pra não ser achado. Hoje alguém pode te chamar pra brincar, sem querer, de "sequestro". É assim: você não se esconde, escondem você, e ainda chamam os pais ou parentes pra participar. Mas só participa quem tiver dinheiro pra dar, do contrário, a brincadeira pode acabar bem sem graça.
Enfim, esse blá blá blá todinho foi pra chegar num episódio que me aconteceu neste dia 04 de março de 2011.
Há 3 dias atrás, voltando da rodoviária as 23h, qd fui buscar meu irmão (percurso que sempre faço quando Romero vem passar o final de semana aqui) notamos o comportamento estranho de um rapaz de bicicleta na subida da ladeira da Tancredo, proximo à Padaria Mirassol. Ele tava na minha frente e ficava olhando pra trás. Mãe notou logo, até porque ela já foi assaltada duas vezes em ruas próximas à minha casa por dois caras de bicicleta, o que já gerou um trauma nela. Então, quando eu acelerei, ele, embalado, jogou a bicicleta pro lado, pra outra mão da pista e, quando passei bem ao lado dele, vi que ele enfiou a mão na bermuda e puxou uma arma. Eu quase não acreditei no que tava vendo. Até porque existe aquela velha crença de que nunca vai acontecer com a gente. Minha reação foi acelerar e pedir à mãe e Romero pra se abaixarem e esperei o tiro. Mas, graças à Deus, ele não atirou. Posso dizer que nunca, nunca em meus mais de 30 anos morando em JP, passei por um perigo tão grande.
A partir de então, vou evitar a Tancredo à noite, pois não quero e nem acho a menor graça em brincar desse "baleado" moderno.

terça-feira, 1 de março de 2011

SE MEU FUSCA PAGASSE

que estamos em período de declaração de IR, posto aqui a história que deu origem ao Blog Rosalma Penada, há uns 5 anos. Quem ainda não leu, por favor, me dê essa honra.


Envolvidos:
V1 (veículo 1) – Fusca bege conduzido por Seu Severino, tendo “51” como passageiro;
V2 (veículo 2) – Honda Civic conduzido por Rogério, tendo sua irmã, Renata, como passageira;
V3 (veículo 3) – Gol verde conduzido por mim.

Episódio:

Desde a subida da Rádio Tabajara em direção aos Bancários que me chama a atenção a velocidade desenvolvida pelo fusquinha bege que vejo pelo retrovisor, vindo logo atrás de mim. Até ai, tudo bem. Continuo meu caminho em direção aos Bancários. Paro no sinal vermelho, ao lado de V2, quando, após uns 7 segundos, sinto a pancada e o barulho. Que m.... foi essa? Pensei. O barulho denunciava que a traseira do meu carro devia estar só o bagaço. Quando desci pra conferir, quem eu vejo? V1! O famigerado Fusca bege conduzido por um senhor de seus 60 anos (Seu Severino), que nessa hora estava atordoado dentro do carro, com o pára-brisa estilhaçado e a lateral avariada da pancada. Do seu lado, uma outra figura que, ao sair de V1, parecia uma garrafa de cana de tão bêbado. Chamei-o de 51. Ele conseguiu bater em dois carros: No Honda Civic que tava do meu lado e no meu.
Pensei, ninguém merece!

Nisso, os ocupantes de V2 ficam revoltados e começam o bate-boca com Seu Severino (que tinha os olhos vermelhos e bafo de cachaça). 51, ocupante de V1, acha pouco o tumulto, com o trânsito já interrompido, os funcionários da farmácia ao lado parados acompanhando cada lance do episódio, os carros se espremendo pra furar o bloqueio causado pelos carros atingidos que não podiam sair do lugar até que a CPTran chegasse, enfim, o caos!

Sim, voltando a 51, este piorou as coisas quando começou a retirar o Fusca do lugar. Aí, Renata, ocupante de V2 partiu pra cima dele e exigiu que ele deixasse o carro no lugar. Nada feito. Alem de retirar o dele, 51 ainda queria que retirássemos os nossos pra aliviar o trânsito. Pense num bebo consciente!!! Quando vi a fúria de Renata e Rogério, pensei: eita, o estrago no Honda deve ter sido grande, maior do que a porrada que o pobre do meu verdinho levou na traseira pegando um pedaço da lateral (aí foi lanterna, pára-choque, amasso numa parte da porta). Quando fui conferir o estrago no Honda, tinha só um arranhão no pára-choque na lateral. Chega me decepcionei, diante do barulho causado pelos ocupantes. Aí deixei escapar:

- Oxe, só foi isso o de vocês?

Quando Rogério me respondeu:

- Tu sabe quanto custa o pára-choque desse carro???

Voltemos à cena do “crime”.

Quando olho pra trás, o que vejo? O miserável do 51 dentro do Fusca todo lascado, liga o projeto de carro e engata uma primeira, castigando o acelerador e vindo em direção ao pobre de verdinho de novo. Aí surtei!!! Gritei para a platéia: “tira esse hômi de dentro desse carro, pelo amor de Deus”. E lá vem o condenado, bebo cego, sem direção, e bate no poste de sinalização. Não se machucou porque não teve espaço pro Fusca desenvolver velocidade. Um funcionário da farmácia, valente e consciente, abriu a porta, retirou a chave. Aí 51 enlouqueceu, foi pra cima do menino, mas o enganaram por ali. Depois, o rapaz entregou a chave do Fusca pro pai de Rogério, que já tinha chegado em auxílio do filho. E 51, cheio de razão, repetia o tempo todo:

- Vou botar um processo em cima do f...da p...que escondeu minha chave!

Vê lá se aquela criatura tinha moral pra botar processo em ninguém!

Então, depois de uns 40 minutos, chega a CPTran, acionada por Rogério. Começa a investigação: depoimentos, medições, quem é dono de que carro. Aí vem a historia de V1, V2 e V3 (como somos identificados no laudo policial). E, o melhor, quando a CPTran chega, 51, que é bebo, mas não é doido, atravessa a rua e vai pra um bar ao lado da farmácia, como se fosse um espectador qualquer e deixa o pobre (igualmente bebo e irresponsável) de Seu Severino se virando com os policiais. Filho da mãe! Aí Seu Severino conta a versão dele. Assume que bateu, “e quem bate atrás não tem razão”, ele sempre repetia. Culpou os freios, disfarçando o bafo da cana. Depois, chegou pra mim e confidenciou:
– Olhe, eu não queria bater em ninguém. A gente não bate por que quer...
Até aí sou forçada a acreditar nele. Continuou...
- Quando eu vi que a senhora (viu?) tava parada na minha frente, tentei frear, mas não deu muito tempo, aí vi os dois carros na minha frente e tentei mirar em um só...
Perguntei: Mirou no meu, né?
E ele, de pronto, respondeu: Foi!
Como perco tudo, menos a piada, disse: Obrigada pela preferência!!!

Eu mesma ri do absurdo da situação.

Pra ver que ele não tava tão bebo assim, pensou, apesar da cachaça: se eu tiver que me lascar que seja em cima de um Gol, não de um Honda Civic. Como a percepção dele não tava lá essas coisas, a criatura viu um espaço entre o Civic e o Gol que dava pra ele passar com uma jamanta, imagina se não dava um Fusquinha?! Foi ali que ele se enfiou!

Pra finalizar esse meu Domingo Legal, todos os envolvidos vão prestar queixa na 9ª de Mangabeira (ai já é outra história), em meio a casos de homicídios, ameaças, etc...onde a Delegada se mostra insegura, enrolada e perdida no meio daquele monte de homem. Prestamos o depoimento em pé e não pude deixar de prestar atenção na porta que indicava os “Xadrezes” (é assim mesmo?), nas fotos dos estupradores no mural, e no mouse-pad do escrivão: uma mulher nua de bunda pra cima. Enquanto ele redigia minha ocorrência, ficava passando o mouse sobre a bunda da mulher (risos).

Se não fosse meu prejuízo de 750 reais, que eu sei que Seu Severino não tem um pau pra dar numa cachorra, até que tinha sido divertido (e foi, né?!).

Ah, existe outra figura na trama: Romualdo, o corretor de seguros, ou melhor dizendo, o “papa-defunto de colididos”. Mas aí também é outra história...

E pra quem leu e logo perguntou: essa doida não tem Seguro não??!! Tenho. Só que a franquia é de mil reais. O prejuízo ficou em torno de R$ 2 mil. Obtive 25% de desconto na franquia. Entenderam? Em outras palavras, me F...!!!

A lição que tiro do episódio é:

Nunca vá fazer Imposto de Renda nos Bancários pra receber R$ 30 de restituição em dia de clássico de futebol com carro segurado com franquia acima de 500 reais após leve discussão com sua mãe.

Isso porque eu tava indo pra casa de Cristiane, fazer o IR.
E vale salientar que como não cheguei a tempo, liguei pra ela pra dizer o ocorrido. Ela chegou com Alex (me lembro como se fosse hoje). De início, parecia preocupada. Depois, quando viu que não foi nada grave, relaxou e começou a se divertir. Olhava pra Cristiane, ela tava rindo, dando notícia de tudo o que se passava. Esse ano, vou ver se ela faz o IR aqui em casa. Pago a gasolina.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vozinha




45 + 45, 3 x 30, 100 - 10, 180 ÷ 2
Na matemática há muitas formas de se chegar aos 90.
Na vida, também.
Mas, dádiva mesmo é chegar aos 90 com a dignidade de ter criado 12 filhos e ainda conservar a lucidez, alegria e espírito renovado pra continuar a jornada.
Gente, essa é Maria Barbosa, mãe de mãe. Nossa querida e espirituosa "Vózinha".
Completou 90 anos agora em novembro de 2010. Assim como mãe, uma figura pra lá de engraçada. Qualquer dia conto alguns episódios e frases dela.

Aproveito pra postar uma parte do comentário de Tassiana (minha prima e tb uma das netas de vozinha):
"Vozinha é TUDO DE BOM!!! ...Eu tb tenho algumas passagens dela, como o dia que ela limpou as mãos de farinha na cabeça de uma mulher na feira qdo fingiu cumprimentá-la". hahahahahaha


Lu tb manda sua contribuição:

1. Vozinha estava fazendo um comentário sobre presentes de aniversário e solta esta pérola: "Num gosto de flor. Olhe, não me dê flor não que eu não gosto... no outro dia tá murcha, me dê um sabão da feira que no outro dia vou lavar meus panos..."

2. Um dos filhos, não me lembro qual, estava querendo que ela fosse ao ginecologista ao que ela prontamente responde: "Quem mexeu aqui já morreu, ninguém mexe aqui mais não!"
Aproveito pra deixar aqui o espaço aberto pra quem lembrar de alguma história hilária de vozinha.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Seção fotos


Foto: mãe, céu (acima) e Kilma (as duas são sobrinhas de mãe)


Mãe ficou tão gata nessa foto que eu resolvi compartilhar com seus "filhos".
Né brincadeira, não! Tá em plena forma. Isso com mais de 60 e menos de 71.
Essa foto foi tirada agora em novembro de 2010, no aniversário de 90 anos de vozinha, mãe de mãe, que é outra figuraça.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

D. DALVA - A AMIGA INSEPARÁVEL



A pedidos, de Maguinha e outras pessoas, ai está D. Dalva, esta pessoa adorável, vizinha e amiga de mãe há pelo menos 20 anos. Tempo suficiente para estar ao lado de mãe em muitas das presepadas que minha querida genitora apronta. Grande D. Dalva!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

CURTÀS DE MÃE 2

História 1

Estávamos eu, mãe e Tia Mira no Aeroporto daqui.
As duas foram andar pelo aeroporto, ver as lojinhas, enquanto eu preferi ficar sentada nas cadeiras esperando quem ia chegar. Não me lembro quem fomos buscar. O que me lembro é que mãe voltou (e Tia Mira?) até onde eu tava.
- Zalma, Zalma, vamo ali comigo pra tu ver uma coisa!?
- Ô mulher, tá tão bom aqui eu sentadinha...
- Vamo, mulher. É que eu quero te mostrar uma coisa que eu não entendi ali numa loja.
Vamos. Caminhamos até a loja e ela então me mostra uma camiseta e pergunta:
- Zalma, o que danado é isso: "X coco Aperreio? Não tô entendendo não!



hahahahahhahahahahaahahahahahahaha


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História 2


A outra foi recente.
Tava em Natal, e Louro e Elô tinham levado Leozinho no Parque das Dunas pra ver os animais.
Quando acordei, perguntei a mãe: " Cadê o galego (Leozinho)?"
E ela:

- Os pais dele levaram ele pra ver os bicho "empanado".

hahahahahahahahahhahahhahahahahahahaha.

Fiquei pensando no tanto de farinha de trigo e ovos que ia precisar pra empanar um elefante, um gorila, um leão...sem falar no trabalho que ia dar...

Depois ela se corrigiu e caiu na risada...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

EXAME DE PACIÊNCIA

As vezes fico pensando, será que tô doida? Porque em quase toda presepada de mãe eu vejo uma história.

Chega ela aqui, puta da vida, depois de chegar do Centro de ônibus, já cuspindo fogo:

- Sei não, viu?! Eu faço cada merda!!! Não tinha pra quê eu pegar esses exames.

Pensei: será que deu alguma coisa errada nos resultados dos exames?

Mas, graças, não era nada disso. A revolta dela todinha era do exame mesmo. Do exame físico. Ou melhor, do envelope que acondicionava o exame.

Ela foi pro comércio, bater perna, etc. Mas, resolveu descer antes na Ecoclínica para pegar logo o exame. A questão é que ela andou o comércio todinho carregando aquele envelope grande, de papelão, que não consegue se acomodar em mão nenhuma.

- Mulher, eu pedi um saco a mulher, mas ela disse que pra aquele tamanho de exame, não tinha saco grande o suficiente. Resultado, fiquei com aquela “porcaria” na mão por mais de duas horas. Doía numa mão, eu passava pra outra...ficava revezando…Mulher, pra piorar, não sei que molesta tinha nesse dia que fazia um vento danado, e o infeliz do envelope ficava envergando dum lado pro outro e eu sem paciência…(pausa pra respirar). Zalma, tive vontade de jogar aquele exame na “caixa bozó”. Só não joguei porque era uma coisa importante. Mas, nunca, nunca mais eu faço uma merda dessa…

Desabafa ela, depois de chegar e, antes de qualquer coisa, jogar o envelopão do exame em cima do sofá. E eu ali, atônita, ouvindo toda história e pensando: Meu Deus, como um envelope pode destruir o dia de uma pessoa.

E o vocabulário dela quando tá com ódio, é por aí: “porcaria, merda, infeliz, molesta, entre outros que não citei ou substitui, porque tem menores que podem ler Penada.

Faço uma ressalva pra esse termo “caixa bozó”, uma expressão que ela usa há trocentos anos. Será que porque a caixa do bozó (do dado) o joga sempre pra longe? Sei lá!

Só sei que nunca mais olhei um envelope da Ecoclínica como antes, ou seja, como um simples envelope de exame.



Ps. Ofereço essa história a Ângela Catarina, amiga do meu irmão Romero. Ela que disse ter passado o domingo rindo com as presepadas do Blog.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Mantendo a chama acesa

Essa foi a segunda vez que fui na Adega do Alfredo. A primeira foi com Nicola e um casal amigo dele: Alessandra e Giorgio. Dessa outra vez Nicola nos convidou, eu e mãe, para comemorar um dinheiro que ele recebeu de um cliente.

E fomos lá pra Adega, bem animadinhas pra comer aqueles pratos deliciosos que se come uma vez na vida. Chegando lá, fomos nos ambientando naquele ambiente sofisticado para os nossos padrões, mesas devidamente arrumadas, luzes comportadas, etc. Sentamos na única mesa que restava. Tava bem cheio. E, então, esperamos algum garçom nos atender. No entanto,o requinte não combinou muito com a demora do garçom. Continuamos esperando…olhando pros lados, ouvindo música ao vivo no piano. Em todas as mesas ocupadas, aquela chamazinha de vela, dando um toque especial. Foi aí que Nicola pegou o isqueiro, puxou o vasinho de vidro com a velinha dentro e acendeu. E ficamos ali, até que o garçom chegasse.

- Boa noite!

- Boa noite!! (respondemos).

- Posso trazer o cardápio?

- Claro!

- Essa vela tá acesa??? (que pergunta era essa?)

- Tá!

- Mas quem acendeu?

Nicola responde: “Eu”!

O garçon pergunta: “acendeu como?”

E aí começamos a não entender porque tanto questionamento por causa de um vela acesa.

- Acendi com um isqueiro. (respondeu Nicola pro garçom, sem entender muito onde o garçom queria chegar).

Foi aí que o garçom disse, com um olhar de espanto, logo pegando a vela:

- Não!!! Essa vela não é de acender. É eletrônica. Bastava só girar pra ela acender!

Nos entreolhamos e já não consegui segurar o riso no canto da boca.

E Nicola, meio sem jeito, diz:

- Ah, é? Eu não sabia. Me desculpe!

Quando o garçom olhou de perto, tava só o “torrão” da vela.

Hahahahahahahahahhahahahahahahahahahahaha…

E eu que tava achando a chama da nossa vela mais bonita do que a de todas as mesas. Sem falar que fazia mais fumaça do que qualquer outra mesa.

O garçom voltou e colocou uma nova vela. Desta vez, já acesa, pra não correr perigo.

Veio o cardápio. Pedimos. Jantamos e, quando veio a conta..UAUUUU!!!

Pensei: cobraram a vela!!! E pelo jeito, era uma vela muito especial.

Mas o mais importante é que a lagosta tava m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a!!!



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mãe Garrafinha



Foi assim, D. Dalva ficou receosa de dar a camisola cor-de-rosa à mãe de presente de aniversário porque achava ela “cheguei” demais. Mãe, por sua vez, adorou, tanto a cor como o fato dela ser super leve e confortável. A partir daí a usou sempre.

Rosilma veio pra aqui pra casa, tomar café, conversar, etc. e, quando estava saindo, mãe tava se preparando pra dormir e veio dar boa noite a ela:

- Xau, Zilma, vou dormir! (ainda ia botar a camisola).

- Xau, amiga! Disse Rosilma.

Continuamos conversando e, antes de ir embora, Rosilma foi dar um tchauzinho pra ela no quarto. Quando abriu a porta viu aquela coisinha cor-de-rosa em cima da cama, aí disse:

- Eita, camisola nova!

- Foi Dalva que me deu (respondeu mãe).

Aí conversaram uma bobagens e então Rosilma disse:

- Já vou. Xau, “picolézinho de morango”!

Sorrimos as três. Aí eu, então, emendei:

- Ela tá mais parecida com aquelas “garrafinha” de morango que vende na praia.

Pronto! Lascou!

A partir de então, quando ela veste a camisola, começa:

_ Vai dormir, garrafinha?

- Vou! (ela responde, já incorporando a nova identidade).

Aí hoje, na praia de Tambaú, passa o homem:

- Olha o picolé e a garrafinha!!!

E ela: “Olha, Zalma, o homi vendendo garrafinha. Tu não tava procurando?!”

A danada ainda me dá munição pra eu tirar onda da cara dela. Ou melhor, da camisola dela. Porque procurei incessantemente no google imagens “garrafinha, garrafa, picolé do nordeste", etc. e não tinha nada parecido com as famosas garrafinhas.

Então, diretamente da fonte e com consentimento da vítima: mãe-garrafinha!