domingo, 20 de março de 2011

Serviço de utilidade pública



Se me permitem, vou utilizar Penada para um serviço de utilidade pública.
De duas pessoas públicas: eu e Nicola.



Nicola, o rapaz que eu namoro, tá vendendo um terreno na Praia de Tabatinga. Ele já tem este terreno há dois anos. Mas, por estar precisando de capital para um novo projeto, ele está vendendo (com muita pena) este terreno.


Ps. Clique na imagem para ampliá-la




INFORMAÇÕES:

Na praia de Tabatinga - Paraíba

no litoral sul, a somente 20 km de João Pessoa.


um terreno com vista para o mar, à venda a um preço especial: 35.000 Reais


Quadra U10 - Lote 25

Dimensões: 15 x 30 mt

(450 m2 - dimensão padrão dos terrenos em Tabatinga)

com possibilidade de comprar outro terreno ao lado



Vantagens:


- Área em excelente crescimento patrimonial;

- Vista para o mar permanente, pois os terrenos a frente ficam abaixo, em leve declive;

- Área de preservação ambiental com limite de construção de 2 andares;

- A praia dista 5 minutos a pé;

- Água limpa e morna 365 dias por ano;

- Área de preservação ambiental;

- 20 km de João Pessoa = 20 minutos de carro pela PB008 (via asfaltada);

- 3,5 km de Tambaba, a famosa praia naturista;

- 1 km de Jacumã: praia com supermercados, restaurantes, farmácias, postos de gasolina, etc.;

- Vizinha a outras belas praias como Carapibus, Coquerinho, Praia Bela.




Interessados nos contatem pelo e-mail: rosa_almadiniz@yahoo.com.br



ATENÇÃO! PROPOSTAS ENCERRADAS: TERRENO VENDIDO!!!


domingo, 6 de março de 2011

Essa não tem a mínima graça!


Paraíba masculina mulher-mole, sim Sr.


Eu sou do tempo em que quando se via um congestionamento em JP ou trânsito emperrado, filas de carros, mesmo que pequenas, se pensava logo: ou foi acidente, ou algum carro quebrou, ou tão consertando o sinal. Enfim, tinha que ter um motivo. Hoje, quando vivo cenas semelhantes e o carro vai andando devagar e sempre e se esgueirando pela porta pra ver o ocorrido, e então quando passa do sufoco e vê que não houve nenhum contratempo, vem um misto de alívio e tristeza: alívio porque não houve nenhuma tragédia que motivasse aquela situação, e tristeza por ver que não houve nada extraordinário. É simplesmente o trânsito de JP que não é mais o mesmo, afinal é carro demais pra ruas de menos. É o crescimento da cidade e melhor poder aquisitivo da população que é bom, mas tem seu preço.
Eu sou do tempo em que se jogava bola, baleado (é a nova!), brincava-se de se esconder e as mães ficavam até altas horas da noite nas calçadas conversando com as vizinhas, sem a menor preocupação ou sobressalto ao passar de um carro mais devagar, bicicleta, moto ou transeunte. Eita época boa!
Irônico é pensar que "baleado" hoje lembra bala perdida ou achada mesmo. Ato ou efeito de "Atingir ou ferir com bala." E que brincar de "se esconder" ou esconde-esconde hoje não seria mais um gesto voluntário de meninos que procuram o quintal vizinho ou ficar agachado atrás de um muro pra não ser achado. Hoje alguém pode te chamar pra brincar, sem querer, de "sequestro". É assim: você não se esconde, escondem você, e ainda chamam os pais ou parentes pra participar. Mas só participa quem tiver dinheiro pra dar, do contrário, a brincadeira pode acabar bem sem graça.
Enfim, esse blá blá blá todinho foi pra chegar num episódio que me aconteceu neste dia 04 de março de 2011.
Há 3 dias atrás, voltando da rodoviária as 23h, qd fui buscar meu irmão (percurso que sempre faço quando Romero vem passar o final de semana aqui) notamos o comportamento estranho de um rapaz de bicicleta na subida da ladeira da Tancredo, proximo à Padaria Mirassol. Ele tava na minha frente e ficava olhando pra trás. Mãe notou logo, até porque ela já foi assaltada duas vezes em ruas próximas à minha casa por dois caras de bicicleta, o que já gerou um trauma nela. Então, quando eu acelerei, ele, embalado, jogou a bicicleta pro lado, pra outra mão da pista e, quando passei bem ao lado dele, vi que ele enfiou a mão na bermuda e puxou uma arma. Eu quase não acreditei no que tava vendo. Até porque existe aquela velha crença de que nunca vai acontecer com a gente. Minha reação foi acelerar e pedir à mãe e Romero pra se abaixarem e esperei o tiro. Mas, graças à Deus, ele não atirou. Posso dizer que nunca, nunca em meus mais de 30 anos morando em JP, passei por um perigo tão grande.
A partir de então, vou evitar a Tancredo à noite, pois não quero e nem acho a menor graça em brincar desse "baleado" moderno.

terça-feira, 1 de março de 2011

SE MEU FUSCA PAGASSE

que estamos em período de declaração de IR, posto aqui a história que deu origem ao Blog Rosalma Penada, há uns 5 anos. Quem ainda não leu, por favor, me dê essa honra.


Envolvidos:
V1 (veículo 1) – Fusca bege conduzido por Seu Severino, tendo “51” como passageiro;
V2 (veículo 2) – Honda Civic conduzido por Rogério, tendo sua irmã, Renata, como passageira;
V3 (veículo 3) – Gol verde conduzido por mim.

Episódio:

Desde a subida da Rádio Tabajara em direção aos Bancários que me chama a atenção a velocidade desenvolvida pelo fusquinha bege que vejo pelo retrovisor, vindo logo atrás de mim. Até ai, tudo bem. Continuo meu caminho em direção aos Bancários. Paro no sinal vermelho, ao lado de V2, quando, após uns 7 segundos, sinto a pancada e o barulho. Que m.... foi essa? Pensei. O barulho denunciava que a traseira do meu carro devia estar só o bagaço. Quando desci pra conferir, quem eu vejo? V1! O famigerado Fusca bege conduzido por um senhor de seus 60 anos (Seu Severino), que nessa hora estava atordoado dentro do carro, com o pára-brisa estilhaçado e a lateral avariada da pancada. Do seu lado, uma outra figura que, ao sair de V1, parecia uma garrafa de cana de tão bêbado. Chamei-o de 51. Ele conseguiu bater em dois carros: No Honda Civic que tava do meu lado e no meu.
Pensei, ninguém merece!

Nisso, os ocupantes de V2 ficam revoltados e começam o bate-boca com Seu Severino (que tinha os olhos vermelhos e bafo de cachaça). 51, ocupante de V1, acha pouco o tumulto, com o trânsito já interrompido, os funcionários da farmácia ao lado parados acompanhando cada lance do episódio, os carros se espremendo pra furar o bloqueio causado pelos carros atingidos que não podiam sair do lugar até que a CPTran chegasse, enfim, o caos!

Sim, voltando a 51, este piorou as coisas quando começou a retirar o Fusca do lugar. Aí, Renata, ocupante de V2 partiu pra cima dele e exigiu que ele deixasse o carro no lugar. Nada feito. Alem de retirar o dele, 51 ainda queria que retirássemos os nossos pra aliviar o trânsito. Pense num bebo consciente!!! Quando vi a fúria de Renata e Rogério, pensei: eita, o estrago no Honda deve ter sido grande, maior do que a porrada que o pobre do meu verdinho levou na traseira pegando um pedaço da lateral (aí foi lanterna, pára-choque, amasso numa parte da porta). Quando fui conferir o estrago no Honda, tinha só um arranhão no pára-choque na lateral. Chega me decepcionei, diante do barulho causado pelos ocupantes. Aí deixei escapar:

- Oxe, só foi isso o de vocês?

Quando Rogério me respondeu:

- Tu sabe quanto custa o pára-choque desse carro???

Voltemos à cena do “crime”.

Quando olho pra trás, o que vejo? O miserável do 51 dentro do Fusca todo lascado, liga o projeto de carro e engata uma primeira, castigando o acelerador e vindo em direção ao pobre de verdinho de novo. Aí surtei!!! Gritei para a platéia: “tira esse hômi de dentro desse carro, pelo amor de Deus”. E lá vem o condenado, bebo cego, sem direção, e bate no poste de sinalização. Não se machucou porque não teve espaço pro Fusca desenvolver velocidade. Um funcionário da farmácia, valente e consciente, abriu a porta, retirou a chave. Aí 51 enlouqueceu, foi pra cima do menino, mas o enganaram por ali. Depois, o rapaz entregou a chave do Fusca pro pai de Rogério, que já tinha chegado em auxílio do filho. E 51, cheio de razão, repetia o tempo todo:

- Vou botar um processo em cima do f...da p...que escondeu minha chave!

Vê lá se aquela criatura tinha moral pra botar processo em ninguém!

Então, depois de uns 40 minutos, chega a CPTran, acionada por Rogério. Começa a investigação: depoimentos, medições, quem é dono de que carro. Aí vem a historia de V1, V2 e V3 (como somos identificados no laudo policial). E, o melhor, quando a CPTran chega, 51, que é bebo, mas não é doido, atravessa a rua e vai pra um bar ao lado da farmácia, como se fosse um espectador qualquer e deixa o pobre (igualmente bebo e irresponsável) de Seu Severino se virando com os policiais. Filho da mãe! Aí Seu Severino conta a versão dele. Assume que bateu, “e quem bate atrás não tem razão”, ele sempre repetia. Culpou os freios, disfarçando o bafo da cana. Depois, chegou pra mim e confidenciou:
– Olhe, eu não queria bater em ninguém. A gente não bate por que quer...
Até aí sou forçada a acreditar nele. Continuou...
- Quando eu vi que a senhora (viu?) tava parada na minha frente, tentei frear, mas não deu muito tempo, aí vi os dois carros na minha frente e tentei mirar em um só...
Perguntei: Mirou no meu, né?
E ele, de pronto, respondeu: Foi!
Como perco tudo, menos a piada, disse: Obrigada pela preferência!!!

Eu mesma ri do absurdo da situação.

Pra ver que ele não tava tão bebo assim, pensou, apesar da cachaça: se eu tiver que me lascar que seja em cima de um Gol, não de um Honda Civic. Como a percepção dele não tava lá essas coisas, a criatura viu um espaço entre o Civic e o Gol que dava pra ele passar com uma jamanta, imagina se não dava um Fusquinha?! Foi ali que ele se enfiou!

Pra finalizar esse meu Domingo Legal, todos os envolvidos vão prestar queixa na 9ª de Mangabeira (ai já é outra história), em meio a casos de homicídios, ameaças, etc...onde a Delegada se mostra insegura, enrolada e perdida no meio daquele monte de homem. Prestamos o depoimento em pé e não pude deixar de prestar atenção na porta que indicava os “Xadrezes” (é assim mesmo?), nas fotos dos estupradores no mural, e no mouse-pad do escrivão: uma mulher nua de bunda pra cima. Enquanto ele redigia minha ocorrência, ficava passando o mouse sobre a bunda da mulher (risos).

Se não fosse meu prejuízo de 750 reais, que eu sei que Seu Severino não tem um pau pra dar numa cachorra, até que tinha sido divertido (e foi, né?!).

Ah, existe outra figura na trama: Romualdo, o corretor de seguros, ou melhor dizendo, o “papa-defunto de colididos”. Mas aí também é outra história...

E pra quem leu e logo perguntou: essa doida não tem Seguro não??!! Tenho. Só que a franquia é de mil reais. O prejuízo ficou em torno de R$ 2 mil. Obtive 25% de desconto na franquia. Entenderam? Em outras palavras, me F...!!!

A lição que tiro do episódio é:

Nunca vá fazer Imposto de Renda nos Bancários pra receber R$ 30 de restituição em dia de clássico de futebol com carro segurado com franquia acima de 500 reais após leve discussão com sua mãe.

Isso porque eu tava indo pra casa de Cristiane, fazer o IR.
E vale salientar que como não cheguei a tempo, liguei pra ela pra dizer o ocorrido. Ela chegou com Alex (me lembro como se fosse hoje). De início, parecia preocupada. Depois, quando viu que não foi nada grave, relaxou e começou a se divertir. Olhava pra Cristiane, ela tava rindo, dando notícia de tudo o que se passava. Esse ano, vou ver se ela faz o IR aqui em casa. Pago a gasolina.