
A vida faz isso com a gente: leva pra longe ou muito longe gente que a gente gosta. E uma forma que a gente tem de trazer estes entes queridos pra perto é relembrar momentos felizes. Lembrei de um episódio engraçado protagonizado por minha querida amiga Cris.
Estávamos eu, Nicola, Gu, Germa e Cris em Pipa. Antes de sairmos para a night, começamos a jogar sinuca e naturalmente os times foram feitos: Gu, Germa e Cris, contra eu e Nicola. Bola vai, bola vem, quando eles ganhavam, era a maior cachorrada. Tripudiavam da gente, riam, se abraçavam…principalmente o nojento do Gustavo. Mas, o melhor estava por vir. Numas das partidas, quando era minha vez de jogar, Nicola ficou perto de mim, me orientando a dar uma tacada de respeito. Por vezes, jogava com força ou o taco “espirrava”. Então, Nicola ficava perto de mim, dizendo:
- Menina, piano, piano…(devagar, devagar)
E lá ia eu, jeitosa toda com aquele taco, tentando fazer o que Nicola dizia, com jeitinho.
E, lá iam eles. O esforço ali era pra, ao menos, acertar a bola. Isso já era uma luta.
E, então, lá vou eu de novo, e Nicola:
- Menina, presta atenção, olha a bola , concentra e vai, piano, piano…
Só sei que o negócio deu certo e, finalmente, ganhamos a única partida.
Pulamos, comemoramos, demos volta em torno da mesa de sinuca.
Quando olho pro lado, tá Cris sentada, com o taco na mão, toda desconsolada.
Aí digo, pra provocar: Aqui é time!!! Foi a primeira de muitas vitórias!!
Então, Cris, como todo ódio do mundo, olha pra mim e diz:
- Também, assim é muito fácil ganhar…com o namorado no pé do ouvido dizendo o tempo todo “Te amo, te amo”, não tem quem não ganhe…
Essa é Cris, minha adorável amiga.